A foto ao lado, retirada do site pulse.pharmacy.arizona.edu, revela como o ar da Cidade do México é poluído. De acordo com pesquisadores a poluição da metrópole não tem efeitos tóxicos apenas para os pulmões dos cidadãos locais, mas também para os seus cérebros.
Uma equipe de pesquisadores comparou as habilidades cognitivas de 55 crianças residentes na Cidade do México com as de 18 crianças residentes em Polotitlán - uma cidade mexicana com baixos níveis de poluição do ar. Todas as crianças estavam na faixa etária de 7 a 18 anos, provenientes de famílias de classe média e sem nenhum problema sério de saúde. Os resultados foram surpreendentes.
As crianças da cidade do México obtiveram menor desempenho do que as crianças de Polotitlán em testes de memória e resolução de problemas. Imagens de Ressonância Nuclear Magnética mostraram alterações teciduais típicas de inflamação encefálica em 13 de 23 crianças da Cidade do México e em 1 de 13 crianças de Polotitlán. As alterações encontradas podem obstruir vias aferentes e eferentes ao córtex pré-frontal, diz a patologista ambiental Lilian Calderón-Garcidueñas.
Sidney Segalowitz, neuropsicólogo da BrockUniversity, no Canadá, afirma que o encéfalo em desenvolvimento pode estar vulnerável aos efeitos inflamatórios de partículas presentes no ar poluído bem como aos efeitos tóxicos de moléculas que afetam especificamente o crescimento encefálico.
Randall Engle, psicólogo do Instituto de Tecnologia da Geórgia, em Atlanta, e coautor do estudo, disse que uma deficiência de tal magnitude no desenvolvimento cognitivo da população da Cidade do México pode ter um efeito acentuadamente negativo na produtividade econômica do país.
A equipe de Lilian Calderón-Garcidueñas também comparou a cognição de cães sadios da Cidade do México com cães sadios de Tlaxcala, outra cidade mexicana com baixos níveis de poluição. O resultado foi semelhante.
Fonte: ScienceNews
Mais informaçoes sobre emissões de gases no México: http://www.eia.doe.gov/
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